sexta-feira, 24 de junho de 2011

3 A.M.

Do sono da morte me desperto. Da malevolência ocasionada pelo rancor de alguns, me fez ser o que sou. Andarilho das estradas solitárias, pela floresta das almas perdidas vivi a vagar. Na mais densa escuridão, segui caminhando sobre restos de sonhos e pedaços de esperanças de seres que se perderam a caminho do infinito. No imenso abismo do medo é onde se encontram as mais belas diversões. Da fenda da mais funda profundeza é onde saem os carniçais mais vorazes e sedentos na vontade desenfreada de querer dilacerar cada fé cega. O pior pesadelo é aquele que é vivido de olhos abertos. Do silêncio dos inocentes quase não se resta nada, a doutrina fez com que migalhas se tornassem o maior dos banquetes. Silencio-me perante a ignorância alheia, não por orgulho, mas sim por fazer do silêncio a mais espirituosa das respostas. Blasfêmias são profanadas por aqueles que vêem de olhos fechados a mais falsa das verdades. Para quem não busca a sabedoria, a cabeça não passará de um simples adorno ao corpo...

Autor: Welker Melo