quarta-feira, 26 de junho de 2013

Um Final Sem Fim

Além do meu tempo em que vivo
Um passo a frente do destino
Um homem só a vagar
Não tenho nada de novo, só um novo jeito de caminhar.

Observo tudo a minha volta
Buscando sempre uma explicação
Uma dúvida para uma resposta,
Será milagre ou uma razão?

Um homem de fé
Não precisa de religião.

Todos os meus medos
Tem respostas no meu conhecimento
Cético por opção
A verdade é a minha visão.

Amar é uma dádiva
Que aos homens foi dada
Mas os homens amam o que tem?
Ou que os tem que os ama?

Desejo uma vida simples
Para que a minha morte seja lembrada.
A história de um homem que fez
Um novo caminho, a sua própria estrada.

Um final sem fim...

Autor: Welker Melo




terça-feira, 25 de junho de 2013

Um Sonho a Dois – Parte ll

Hoje longe de onde estávamos, vejo em uma foto antiga a lembrança que em mim se faz mais presente.
Você não está mais aqui. Meu sorriso se transformou em um olhar triste.
Em meus olhos o infinito se abriga distante, solitário, perdido...
Encontro-te sempre em meus sonhos, mas logo o dia chega e leva embora minha ilusão. Sentado na cama meu sorriso se mistura as lágrimas.
Sem forças para carregar o Mundo nas costas, aguento calado a mais dolorosa ferida se abrindo todos os dias ao lembrar do seu adeus.
Se ao bom Deus eu pudesse pedir algo, seria apenas para ter meus braços entrelaçados em outro abraço com você.
No final de uma recordação, um título eu deixei.
Não imaginava que chegaria tão rápido a parte dos ventos e tempestades, tão pouco que seria um capítulo tão grande e triste. Mas sei que ele uma hora chegará ao fim e ainda veremos o Viveram Felizes Para Sempre juntos.
Acertamos em escolher A Filha da Sabedoria como o nome do fruto do amor e felicidade.
Em mais um emaranhado de versos, frases e lembranças, a certeza que o sonho ainda não acabou.


Autor: Welker Melo


quinta-feira, 13 de junho de 2013

Felicidade

Em busca infinita por um sorriso sincero,
Uma alegria incontida em mim eu revelo
A felicidade escondida te mostro em uma forma,
Em um momento, um segundo, um agora.
Sempre olhando como se algo procurasse, mas não perdeu nada! O que achastes?
Um novo brilho nas estrelas que ninguém viu?
Ou seria a chegada de alguém que nunca partiu?
Meus pés alcançam o infinito ao segurar a tua mão, e em um balão viajaremos sem destino ou hora certa de chegar.
Não chore linda garota! Não deixe a tristeza calar seu sentimento, algo tão puro deve ser trazido e mostrado pelo seu lindo sorriso.
Em meus versos trago a serenata a qual te prometi no cair daquela alegre e fria tarde de inverno onde olhávamos juntos para o infinito e dávamos ao cotidiano um sentido.
Não sou o príncipe que toda mulher pensa que um dia irá encontrar, pois sou de verdade. Com meus erros e defeitos, sonhos e devaneios, loucuras e desejos, amando e aprendendo a amar.
Escrevo-te frases que são inspiradas em você, e por mais que sua teimosia ainda diga que não, meus olhos te mostram que sim.
Podemos roubar o tempo, fazer histórias tristes virarem sorrisos ao passar do tempo.
Podemos voar por ai e esquecermos de voltar para o mundo que inventa regras sem sentido.
Veja como é belo o caminho que fizemos, nele a estrada principal termina onde nada faz sentido e tudo se completa.
Segure a minha mão, estamos indo a um lugar que só não é feliz quem não aprendeu a sofrer um dia.
Venha! Com você quero compartilhar o que você me proporciona...
Vamos! Vamos dividir a felicidade e multiplicar sorrisos...
Vamos, eu e você...

Autor: Welker Melo






quarta-feira, 5 de junho de 2013

     Céu e Inferno

     A utilidade que a procura incondicional da verdade traz é tão constantemente demonstrada ao cêntuplo que é necessário conforma-se sem hesitar com coisas prejudiciais, levianas e raras. Em resumo, com os quais o indivíduo consciente de si pode chegar a sofrer por causa dessa busca.Porém, tal sofrimento gera uma complexa compreensão sobre os desígnios da vida e a função intrínseca que ele gera na formação do caráter de uma pessoa, ativa e desperta sobre as maquinações do mundo.
Dessa forma não se pode dizer de modo algum que temos uma opinião formada sobre tudo ou em caráter concreto e definitivo, afinal não sabemos se temos dentes de serpentes até que alguém coloque o calcanhar sobre nossas cabeças. Sendo assim, sem dúvida, a nossa personalidade é definida muito mais pela ausência de certas experiências do que por aquelas que vivemos.
     O sofrimento pode gerar inúmeros efeitos, sejam eles bons ou horríveis. Isso depende do nível de percepção. Avaliando assim a clausura é como o sol, pois assim como ele a dor tanto vivifica como pode matar, depende da intensidade. E é nessa ponta que entra o idealista, este é incorrigível! Jogue-o para fora do seu céu e com o inferno ele arranja um ideal para si.
Criem-lhe uma decepção e verão que ele não se empenhará com menos ardor em abraçar sua desilusão do que se empenhava a pouco para se revestir de sua esperança.  E é desse status que os “Sísifos” da atualidade são feitos. Sofrimento, decepção, descrença no amor e na esperança, são desses atributos que é feito a nossa pedra que levamos montanha acima todos os dias nos contrafortes de Hades.
Por isso afirmo que da minha parte, a felicidade da minha vida está intimamente ligada ao hábito de sofrer.
     Roubei o fogo dos deuses e agora assim como Perseu que só queria levar a luz ao mundo, sou castigado diariamente tendo meu fígado devorado dia-a-dia pelos abutres do sistema e renovado à noite para ser consumido pelos carniceiros no dia seguinte. Mas a tentativa de trazer a verdade para aqueles que habitam na caverna é em vão. Pobres coitados foram vencidos pelo sono e agora tem horror a tudo que possam despertá-los. Desse modo sobram só os pretendentes a realidade. Esses são aqueles que quando finalmente percebem com que medida e por quanto tempo foram enganados, abraçam por teimosia até mesmo a realidade mais feia, de modo que se nós considerarmos o mundo em seu conjunto é para a realidade que fracassam no decorrer dos séculos os melhores pretendentes, pois são os melhores que foram enganados melhor e por mais tempo, e nisso não há vantagem ou desvantagem, somente consequências específicas do ponto de vista de quem observa. Se olharmos mais a fundo perceberemos que todos os homens são iguais na derrota e no sofrimento. Mergulhados na clausura eles falam o mesmo idioma, mutualizam-se, se solidarizam.
Assim o plebeu compartilha a mesma cama com o rei, o leproso compartilha do mesmo prato do nobre. Já na alegria e no jubilo, cada um é particular no modo de ser e não obstante a alegria, é algo imperfeito e incompleto, pois é subjetiva e insuficiente. O orgulho anda de mãos dadas com a alegria e com o sofrimento.
     Conheço meus defeitos e não me orgulho de nenhum deles, mas convivo bem com cada um, principalmente com o de ser crítico. Acredito que quando a crítica é exclusiva e injusta bem como inteligente, causa para a pessoa que exerce um prazer de tal modo que o mundo deve reconhecimento a essa obra, e a ação de provocar muitas críticas da parte de numerosas pessoas, pois a crítica deixa um rastro brilhante de alegria, de espírito de admiração de ensinamentos, de boas resoluções – O Deus da alegria criou o mal e o medíocre pela mesma razão que levou a criar o bem e o entendimento.
     Nunca fui ingrato a respeito a minha sorte. Injustiçado, talvez. Nunca me importei com a humilhação, tão pouco com o fardo que em meus ombros eu carrego. Mas conheço muitos afortunados que quando encontra em um saco de vantagens que lhe foi oferecido um único grão de desvantagem e humilhação, ainda fazem cara feia apesar da sorte.
Por isso devemos ser eternamente gratos aos demônios que nos cercam, afinal, são estes que nos causam a compreensão sobre as coisas da vida. Ao contrário do que pensam a maioria, Deus e o Demônio são um só; Deus está sempre presente nos momentos ruins de nossas vidas, a ele recorremos nas desgraças vividas. Já nas alegrias, temos como companhia o Diabo por que pouco nos lembramos do criador nesse momento.
Deus é único e a cada defeito humano cria-se um Deus diferente, e toda qualidade e verdade exacerbada originam um novo e poderoso Diabo.
O fraco e o covarde criam um Deus forte e vingativo, já aquele que é escravo dos elogios e do prestígio sempre dá a luz a gênios malignos.
Uma vez que seguem os caminhos adversos, dessa maneira devemos ter consciência que por maior que seja a intensidade e a frequência do nosso prestígio, estamos seguindo o caminho dos outros e não o nosso, e assim ficamos escravos de um Demônio muito peculiar, a vaidade.
Por fim, nós só nos tornamos livres quando deixamos de ser seguidores daqueles que nos seguem. E ao perceber isso, finalmente conseguimos ver o Diabo de braços e abraços com Deus em um romance astral, e por isso eu compreendo que se meus demônios forem embora, os meus anjos também iriam alçar voo.
     Sintetizando, geralmente utilizamos mal aquilo que pagamos muito caro, porque a isso esta ligada a uma lembrança desagradável, e desse modo, levamos dupla desvantagem. No entanto, acho mais conveniente não ser trivial, pois não sou como aqueles que preferem o belo ao útil, se eu fosse um desses seria como a criança que prefere doce ao pão, por se estragar o estômago e por olhar o mundo com desgosto.
E por isso eu acredito viver na terra dos antropófagos, pois nessa solidão, o solitário como eu roí seu coração, já na multidão são todos que o roem, e talvez por isso devesse ficar deitado sem me mexer e pensar pouco. Esse é o remédio mais fácil de encontrar para todas as doenças da alma. E com boa vontade, seu uso se torna a cada hora mais agradável, porque o fato de ter alguns vermes não é argumento contra a maturidade de certos espíritos.
     Por isso em virtude dos fatos mencionados, tudo se deve a cruel invenção do amor (que diga os meus amigos).

Que teu grande amor fez surgir à ideia cruel de destruir o objeto desse amor para subtraí-lo de uma vez por todas do jogo do sacrílego da mudança, afinal, o amor genuíno teme a mudança mais do que a destruição, e é por isso que espero ansioso pelo dia em que finalmente beberei o vinho da vitória ainda que seja na taça da derrota. Irei fazer isso em homenagem a essa força indelével e andrógina que por falta de nome melhor chamarmos de Deus e Demônio.

Autor: Welker Melo e Bruno Siqueira