segunda-feira, 26 de agosto de 2013

As Faces da Moeda

Veja os lados
As faces da moeda
O certo e o errado
O que mais te interessa?

Aposte alto
Na sorte ou azar
Você pode tocar o infinito em um salto
Ou cair em um abismo sem parar.

Veja os lados
Qual você queria estar?
Montado em um corcel alado
Rumo ao infinito alcançar.
Olhando em minha volta a imensidão
Tentando encontrar explicação
De sempre estar em um momento
Como viajante pelo tempo
Do nascer ao por do sol.

O que vivi
O que passei
Com a morte já brindei
Os desafios que sobrevivi.
Em frente ao espelho meu rosto marcado
Pelas marcas fortes do cansaço
Permitem-me mais uma vez tentar
Um velho corpo sustentar.

O que vivi
O que passei
Como um dançarino das sombras, me esgueirei.
E com dados viciados, o demônio enganei.
As faces da moeda
São as chances de encontrar
A escolha que parece certa
É um ponto de vista a se considerar.

O que vivi
O que passei
Nunca deixei refletir no que senti
Nunca refletiu no que demonstrei.
Sem caminhos
Mil destinos
O imperdoável vive a vagar...

Autor: Welker Melo




sábado, 24 de agosto de 2013

O Início pelo Fim

Prolongando e revertendo
O início pelo fim
Palavras que não invento
Para coisas que não compreendo.

Cintilante clamor da aurora
Por onde anda que não a vejo?
Escondida pelo véu que outrora
Era a alegria do meu traquejo.

Cravando a espada na pedra
O herói sem nome suspira
Acreditando que a morte que o rodeia
Não passa de uma falsa alegoria.

A morte o ressuscita
Estendendo-lhe novamente a mão.
O velho sábio certa vez dizia
Que os olhos que tudo veem
São os que nada falam e tudo sabem.
E a boca que tudo diz
São ouvidos que tudo passa.

Sete pecados perdoados
Por setenta e sete vezes figurou.
Os sete pecadores reencarnados
Em outro momento tudo recomeçou.

Eu sou Ele, Ele sou Eu
A sua figura em minha imagem.
A ausência que me reconheceu
A presença na outra margem.

Utópico ou incoerente
Chamam-me de sonhador
Mas o Universo cabe em minha mente
Levando-me onde eu for.

O fim de volta ao começo
Uma fina linha como ligação
Entre o medo e conhecimento
O amor e o coração.


Autor: Welker Melo


domingo, 18 de agosto de 2013

Novamente Amor

Te vi,
Onde os anjos fazem morada
O mundo todo se calava em uma fala
Encantadora recebia do vento litoral
A carícia de quem é especial
Parecia não ser real
Tudo natural, tão normal.

Todo o tempo se resumia em uma fração
De algo que não se imagina, mas se cria.
Uma declaração.
Que tudo estava ali
Tudo o que eu queria
Que um dia eu sonharia
Bem na minha frente
O mundo de repente
Ganhou função, virou razão.

Meus passos incertos tão corretos
Ganharão direção.
Fazendo que nascesse de um rabisco
Uma nova canção.
De coisas que não fazem sentido
Até que alguém comece dar a elas um sorriso
Assim nasce a inspiração
A certeza que ninguém vive em vão.

Minha procura pelo infinito ganhou função
De fazer sua companhia minha confissão
Que o teu abraço me protege e aquece
Alegra e rejuvenesce um velho coração
Que palpita em alegria
No ritmo das batidas
Outrora ouvidas
Quando estou com você...

Autor: Welker Melo