Muito prazer, até depois.
Por tantas vezes esquecido pelo destino, um pobre
sonhador se levanta para a ultima batalha enfrentar. Seu corpo já cansado
aguenta de forma heroica os gritos da alma clamando por um pouco de dignidade.
Contemplando sempre o horizonte, chego ao limite de não
desistir do impossível e vencer sempre o inesperado.
Amante das ilusões perdidas, traz consigo a quimera de
reviver uma vida em um sonho.
Andarilho das sombras, guiado por uma escolta de
vagalumes, faz morada onde nada existe e sobrevive do que os outros esqueceram.
Um velho casaco serviu-lhe de travesseiro nas frias e
solitárias noites de inverno.
Perdeu o medo de perder ao descobrir que sua força de
vontade superava a sua indecisão por aonde ir.
A ilusão oculta do saber o fez conhecedor da mais
profunda história por de trás dos fatos.
Sem um amanhã desenhado, segue as linhas das suas mãos
calejadas. Dilacerando velhos dogmas, morrerá detestando a superstição. Uma velha
chama o guia para o conforto eterno.
Velho guerreiro criou em sua mente o mundo onde somente
sua doce amada faz morada permanente.
Uma velha armadura, seu corpo aguenta as mais pesadas das
artilharias, o rancor dos que não o conhece, a marca da vitória na forma da
sombra de uma cicatriz.
Com um olhar ímpeto, úmido fica ao lembrar-se de quando
nada fazia sentido e tudo se completava.
Sereno no jeito de falar, diplomata com as palavras.
Digam aos homens de bem que tudo vem para quem sabe
esperar. Aos homens gananciosos toda a água do mar.
Um velho com alma juvenil.
Aquele que sozinho por muito seguiu.
O homem com olhos de criança,
Que não perdeu a árida esperança
De tudo de novo recomeçar
De um novo jeito em um novo lugar
Sem esquecer-se de onde veio
Sabendo aonde quer chegar.
Lutando pela igualdade
Sem perder a serenidade
Que o trouxe até aqui.
A lenda a se contar
O herói que pode sangrar.
O sem nome que a glória irá alcançar
Buscando em seu ultimo suspiro observar
O olhar da mulher que ele tanto ama.
Muito prazer, até depois...
Autor: Welker Melo