quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Herói da Guerra


Olhe em meus olhos. Lembra se de mim? Eu costumava ser aquela vaga lembrança de um espírito vencedor. Inenarrável é minha longa travessia por terras Ermas por muito esquecidas e por poucos frequentada.
Tão longe estou que já não importa para onde vou.
Vi a morte anunciada. A vida valendo nada. Sangue jorrando em troca de diamantes.
Sigo em frente,as vezes me sobra a tangente,onde me esgueiro,me deito,rastejo,levanto,recomeço...
A dor me faz mais forte,devaneios me fazem mais atento. Não confio muito na falsa ilusão,pois até minha sombra me abandona na escuridão.
 Um soldado cansado eles veem,mas não se importam.
Mentes vagas se relacionam em um mundo mergulhado em falsas ilusões.
Aprendi no campo de batalha que todos são capazes se seus sonhos conseguem ultrapassar seus medos.
Lembra se de mim? Sou pedaços do que costumava ser. Com um peito de aço para aguentar todos os projéteis atirados em mim.
Em meu momento de solidão,pintei teu rosto com as lágrimas que escorriam de minha alma.
Já cansado,adormeço e sonho um sonho,estou flutuando em um rio silencioso,onde sou levado por águas calmas.
O Veterano com Alma de iniciante.
Tentei severamente obedecer a lei,ver o significado disso tudo. Gnóstico,venci a Guerra! Lembra se mim? Sou o homem que costumava viver...
Herói da Guerra.


Autor: Welker Melo



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