quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Dom Quixote

Sou um verso simples
Em uma canção triste
De um homem que existe
Em um tempo que não se vive.

Sou a saudade do meu tempo
Transformada em lágrima de solidão.
A alegria do momento
Na infinita imensidão.

Sou a ilusão que vive
Em terras vagando
Um sem nome que persiste
Contra moinhos lutando.

Sou a paixão verdadeira
Por uma única criatura
A mulher que em meus sonhos alimenta
Os motivos das minhas aventuras.

Oh, minha doce amada!
Zelando teu sono estarei.
Mergulhando nos seus infinitos olhos de ressaca
A ti meu coração entregarei.

Sob a sombra da espada
Um herói a lutar
Sou cada passo na estrada
Sem destino a chegar.

Com um fiel escudeiro
Sobre Rocinante vivo a cavalgar
Em uma história que começa do meio
Sem início e hora de acabar.

Do amor a doce ilusão
Da quimera ao infinito
Um herói onde faz do coração
Dar ao cotidiano um sentido.

Sem riquezas vou vivendo
Na injúria do velho mundo
Nos erros aprendendo
A evoluir a cada minuto.

Sorriso imortalizado
Cicatrizes das vitórias.
No olhar trago do passado
Uma visão para novas histórias.

Sou o louco sonhador
A lembrança dos esquecidos.
O espírito do vencedor
O mais fiel amigo.

Sou a sombra generosa do imenso saber
Aquele que não espera nada da sorte
Muito prazer...
Dom Quixote!

Autor: Welker Melo



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