domingo, 5 de maio de 2013


Poeta da Escuridão

Recomeço do nada
Uma velha jornada
Vivo a vagar.

Perante a cruz, a fé renova e conduz.
Até um ano luz é distância de andar.

A esperança perdida
Uma estrela me guia
Por uma estrada incerta
A um caminho me leva
Sem destino ou lugar.

Sozinho, me vejo.
Tão perto do imperfeito.
Caminho na escuridão
Silenciosa é a solidão.

O vento levou
Pensamento voou.
Nada restou
Tudo se modificou.

Por várias vezes confesso
Com o peso do fardo eu traquejo,
Mas com honra me ergo
E esqueço meu devaneio.

Visto minha humanidade, e tenho uma infinidade
De imbecilidade para manifestar
O erro é constante, mas o amor gritante
Pretende, não obstante, as falhas sobrepujar.

O hábito de sofrer é que me faz tão feliz
E com todos os erros, de tanto apanhar aprendi.
Um solitário a contar
Em rimas e versos sua vida a passar.

Meu passo acha caminho, sabe andar sozinho.
Ignora espinho e continua a marchar.
Nesse mundo não cartesiano eu hei de voltar,
A chuva há de cair, o castelo dos sonhos sair,
O futuro há de sorrir e se esquecer de terminar.

Autor: Welker Melo






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