sábado, 8 de março de 2014

Conversando com o Espelho

Bem vindo jovem desconhecido!
Sente-se onde se sentaram velhos tolos
E só levante-se quando for um novo sábio.
Observe a inquietude no silêncio
E fatalmente entenderá o porquê esta aqui.
Observe com atenção o relógio quebrado,
Que mesmo parado está certo duas vezes por dia.
Contemple o que a para ser contemplado.
Absolva tudo o que se pode perder pelos dedos das mãos.
Não use o não como resposta,
Nem o use como afirmação.
Busque questionar o inexorável
E se deleite com as suas descobertas.
Fuja de velhos hábitos corriqueiros.
Se liberte dos grilhões do medo.
Busque o conhecimento em tudo
E não seja o nada, apenas seja você.
Mostre ao desconhecido o seu valor
E certamente será recompensado.
Distancie dos inimigos a distância entre vocês,
Para ele, isso será a eterna solidão.
Mova-se rumo ao apogeu.
Olhe em volta e perceba,
Aquele menino que cresceu
E que tudo ainda não aprendeu.
A cada golpe uma habilidade
De suas lutas ele recebeu.
Observe o velho espelho mais uma vez,
Veja o quanto você cresceu, o quanto amadureceu.
O tempo passa para quem não vive
E se eterniza para quem aprende.
Lembre-se sempre de onde veio
De seus valores e sua honestidade,
De seus amigos e a sua lealdade.
Onde nascem crianças, nasce à esperança.
Onde se cria uma criança, molda-se um homem.
Onde um homem vive de esperança, nasce o sonho.
Onde nasce o sonho, sempre nascerá uma criança para realizá-lo.
Olhando fixo para o meu reflexo,
As marcas do tempo em mim já se fazem presentes.
Conversando com o espelho
Aprendo que é nele que encontro o meu eu.
Onde o sábio e o tolo conversam entre si
E se tornam um.
Um eterno aprendiz
Conversando com o meu espelho...


Autor: Welker Melo


Um comentário:

  1. Ad Homini
    Vamos à falácia:
    Não a que está na má aplicação,
    Na irrefutada inaptidão.
    Pois: a bove majore discit arare minor.

    A cátedra dos tolos é o ataque.
    Então quão tolo eu fui?
    Um destro quanto, por senso igualitário.
    No que os ditames rui
    Dum signo perdulário
    Doente pouco inerte fálico
    Riste, tu sob olhos
    Por quanto, debalde:
    Accipe quod tuum, alterique da suum

    Muito obrigado... olhe as árvores que virão. Quando vierem

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