terça-feira, 9 de agosto de 2011


O Viajante

O Herói sem nome. O velejador que por muito veleja por águas esquecidas. O caçador caçado. Diga-me nobre homem, onde ostenta tua esperança?
Não acredita muito nos homens, por estes não saberem fingir tão bem como mentem.
Em seu corpo agora desfigurado, as cicatrizes mostram um mapa onde suas batalhas foram vencidas.
Viu os mortos vagarem por terras, homens trocando vidas por diamantes, sonhos se desaparecendo como o dia. Perdeu sua identidade, não sua honra. Tens o que todos almejam, porém, usa de sabedoria para não se tornar um ser comum.
Milhões de idéias em poucos segundos. Muitos destinos, uma única chegada.
Enquanto um tolo tiver sonhos, existirá a possibilidade da vitória. A lua traz para o viajante a luz que o faz ver no rastro da água uma chuva de prata.
O Diabo sempre está a sua escolta, como uma sombra a lhe vigiar. Não tens medo do desconhecido, pois o valente morre apenas uma vez, ao contrário dos fracos.
Tem em suas idéias lembranças a contar, do tempo em que a grama era mais verde, em que os homens faziam o bem sem terem que derramar sangue.
Desbravador dos sete mares vê de cabeça erguida o horizonte, o recomeço de velhos sonhos...

Autor: Welker Melo


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