sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Cartas que ainda não escrevi

Cá estou novamente, indagando o porquê da minha existência.
Rifes soturno aparecem em minha soturna imaginação.
Vagante e solitário, assim é meu caminho rumo ao desconhecido.
Sobrevivendo da ignorância alheia, observo com meus ouvidos o que ninguém quer falar. Frases curtas
e diretas, sempre gostei de usar o método de vida objetiva.
Às vezes me pergunto, porque me afastei tanto da sociedade, se ao mesmo tempo estou bem no olho desse enorme furacão? Sou essa pequena pergunta procurando por uma grande resposta. Oculto e misterioso, eis o segredo da fonte do meu saber. Meu coração funciona como uma engrenagem que aos poucos vai dilacerando um pedaço de mim.
Venho escrevendo cartas às quais nunca serão lidas.
O silêncio é o maior som que a alma pode produzir...

Autor: Welker Melo

(Trecho do Livro “Apócrifos Kimera – A Ilusão Oculta” onde Miguel mostra à Hatziel e Gaia um de seus textos.)

Um comentário:

  1. Que bom saber que existem outros poetas da escuridão... http://escritopelaverdade.blogspot.com

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