quinta-feira, 17 de março de 2011

Pobre Miserável

Vagante... Pobre alma sorrateira. Vagando sobre a escolta dos vagalumes,aviventa um soturno sonho,uma quimera sem fim.
Nenhum tostão, isso foi o que ofereceram por seus pensamentos. Acompanhado da solidão, faz de cada não, um motivo para ganhar um sim.
Uma árida imprensão o faz crer que o futuro já não é mais como antigamente.
Quanto mais desconfiam de mim, mais perto fico dos seus medos.
Milhões de idéias, esse é o preço que se paga por saber demais. O infortúnio da vida é ser o que todos pensam que é correto ser. Máscaras bem decoradas disfarçam o mais falso dos sorrisos.
Carrega consigo apenas o essencial, não possui grandes bens, tão pouco habitou outras fortalezas. Enfrenta todos os dias imensos moinhos de vento, fazendo de suas palavras a mais letal das armas, do seu coração um refúgio seguro.
Descanse em paz, pobre miserável. A tua alma já jaz em um recinto acolhedor. Deite e deixe que teus sonhos o levem ao encontro do sorriso da sua musa inspiradora, a qual velaria o teu sono tendo como maior recompensa a sua doce e imaculada face recobrida pelo véu da serenidade, a cada suspiro um novo motivo para amá-la cada vez mais.
Pobre miserável é assim que chamam um novo velho vendedor de sonhos...

Autor: Welker Melo

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