domingo, 21 de julho de 2013

O Exército de Um Homem Só

Em meio ao nada me reencontrei comigo mesmo.
Vi na solidão o real sentido da palavra saudade.
O deserto que atravessei ninguém me viu passar.
Um estranho sem nome, sem destino, se um lugar.
No inferno já estive, e lá vou estar ainda muitas vezes.
Meu corpo é minha armadura. Meus punhos minha defesa.
Meu ceticismo meus olhos. Minha sabedoria, minha proteção.
Em certos momentos me perguntava se a minha vida era uma ilusão, mas percebi que a realidade é o que você cria.
Com um peito cheio de cicatrizes, um coração dilacerado bate em ritmo acelerado dos meus pensamentos.
Prefiro caminhar sozinho, que ao lado de um ser que seja vago e vazio.
Minhas mãos trêmulas não fraquejam ao segurar a minha velha espada e partir contra a morte tão eminente, letal e serena.
A madrugada mostra que no silêncio se diz muita coisa.
Solitário, vivi os quatro ciclos no escuro deserto do céu, e aprendi que só olhando com mais frequência para cima veremos mais estrelas cadentes.
Ao velho fantasma, o passado eternamente será o seu lugar.
Um simples e discreto sorriso em meu rosto define a minha tendência.
Posso não ser o mais inteligente, embora eu alcance aquilo que o mais inteligente aspira com toda a sua inteligência.
Vivo em uma Era onde a maioria das pessoas simplesmente existem.
Continuo a minha caminhada.

Sou o exército de um homem só...

Autor: Welker Melo


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